Perdoar não é apagar o que foi escrito,
Nem dar razão ao erro ou ao grito.
Não é fingir que a ferida nunca existiu,
Ou ignorar o frio que a alma sentiu.
Perdoar é, sobretudo, desatar o nó,
É deixar de carregar o mundo em pó.
É entender que o rancor é um fogo aceso
Que queima quem o guarda, com todo o seu peso.
É uma faxina interna, um novo olhar,
Onde a memória para de nos machucar.
A cicatriz permanece, desenha a história,
Mas a dor perde o trono e a sua vitória.
Não é esquecer, pois o rastro ensina,
É transformar o veneno em medicina.
É abrir a gaiola onde o ontem morava
E libertar o cativo que em nós gritava.
No fim da estrada, o perdão é o abraço
Que damos na vida, retomando o passo.
É o direito sagrado de seguir em frente,
Limpando o futuro da sombra do ausente.
Uma Breve Reflexão
O perdão é um processo, raramente um evento único. Ele exige paciência com o próprio tempo de cura. Como dizia a escritora Hannah Arendt, o perdão é a única reação que não apenas reage, mas age de forma nova, interrompendo o ciclo de causa e efeito da vingança.
"Perdoar é libertar um prisioneiro e descobrir que o prisioneiro era você."
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