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| Rua da Aurora 1906 - Crédito: recifeesquecido.blogspot.com |
Na curva do Capibaribe, o rio se faz espelho, Onde o sol se levanta em rubro e ouro velho. E a rua que se banha nessa luz primeira, É a Aurora que desperta a cidade inteira.
Casarões imponentes, fachadas de outrora, Guardam histórias calmas, que o tempo não devora. Suas portas e janelas, abertas ao vento-sul, Contam segredos do Recife, sob o céu azul.
Não há pressa nos passos de quem passa e observa, A vida que se encontra em doce reserva. Entre o cinza da pedra e o verde da palmeira, O poeta Bandeira viu a luz verdadeira.
Os barcos no cais dormem, tranquilos e vagarosos, Enquanto o frevo emana dos versos saudosos. É a veia que pulsa no coração da gente, A rua que nos guia, sempre para o nascente.
E quando a tarde cai, vestida de bruma, A luz amarelada que a paisagem arruma, Faz da Rua da Aurora mais que um endereço, Um eterno poema que tem o seu começo Em cada manhã nova, refletida no espelho do rio, Onde a alma do Recife encontra seu brio.
Jacytan Melo, poeta, músico e sonhador, dezembro/2025
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