Não é a ausência de abraços
Que desenha o meu vazio,
É a falta de outros laços
Que não sejam os do frio.
Solidão não é estar só,
É estar sem ser entendido.
É a sala cheia de vozes
Que não ecoam no meu peito,
É a busca por mil luzes
Que apagam-se sem jeito.
É a ilha cercada de mar,
Com a alma em desalento.
No entanto, há um tempo brando
Quando a solidão se revela,
Onde a dor vai se acalmando
E a alma se despela.
É o momento de escutar
O que a pressa sempre cala.
É o vasto e silencioso espelho
Que me obriga a me encontrar,
Sem a pressa e sem o artelho
De um mundo a me julgar.
A solidão é a porta estreita,
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