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Ser Nordestino: Um Cordel de Fé e Força


I. O Nascimento no Sertão

Nasci no chão rachado e forte, 
Onde o sol beija o Equador, 
Não conheço a sorte do norte, 
Mas carrego a fé do Senhor. 
Sou do Nordeste, meu irmão, 
Mistura de dor e de amor.

Meu avô plantou macambira, 
Minha avó fez rede no tear, 
O meu peito não se mira 
No luxo de quem vai pra o mar. 
Eu sou a gente que resiste, 
E que sabe como lutar.

II. O Traço da Cultura

Eu tenho um pé no Frevo que roda, 
E o outro no Forró de Gonzagão. 
O meu falar é moda, 
Com a rima em cada oração. 
Tenho Cordel na parede, 
E a Chita na decoração.

Sou a alma de Lampião, 
A tristeza de Severino, 
A beleza de Caruaru e a paixão 
Pelo cheiro do cuscuz matutino. 
O nosso maior tesouro 
É o destino que nos é divino.

III. A Força e a Resiliência

Dizem que a vida é difícil, 
Que a terra é dura, 
que não tem água. 
Mas o nordestino é artifício, 
Que transforma dor em paga. 
Faz o milagre do milagre, 
E a vida nunca se apaga.

De Pernambuco ao Ceará, 
De Sergipe ao Maranhão, 
O nosso povo sabe amar 
Com a força do seu coração. 
Ser nordestino é ser forte, 
É ser a própria superação!

Jacytan Melo, poeta, músico e sonhador /dezembro, 8, 2025

 

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