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| Crédito da foto: cantinhodena.com.br |
(Praça do Arsenal da Marinha, Recife Antigo)
Aqui no Bairro do Recife, no meio do vaivém, Tem um palco de beleza que a cultura faz ir além. É a Praça do Arsenal, um chão de história e arte, Onde a dança toma a rua e a alegria faz sua parte.
Foi por um tempo marinha, lugar de porto e de guerra, Hoje é palco de encontro, a praça que a gente aferra. Onde outrora havia tiro, hoje tem a melodia, Do frevo que nos convoca para a pura folia.
Tem a torre Malakoff, com sua face oriental, Um observatório antigo, marco quase imortal. Olhando a Torre imponente, a gente lembra do tempo Em que o Brasil nascia, vencendo o contratempo.
A praça tem o desenho, traçado com maestria, Do paisagista Burle Marx, que a natureza vestia. Com bancos que não esquentam, e um traçado singular, Ele trouxe a harmonia para a gente repousar.
Bem ali do ladinho, o forró tem seu salão, No Paço do Frevo lindo, que nos toca o coração. De lá se ouve a orquestra, de Maestro Duda e Spok, Chamando o passista alegre, para o mais vibrante choque!
No Carnaval ela explode, vira um polo cultural, Onde o frevo se mistura ao som que não faz mal. Nando Cordel, Petrúcio Amorim e o som da rabeca, Toda a poesia da gente, que a história não carrega.
Ao lado tem Bom Jesus, com suas casas coloridas, Mas aqui no Arsenal a vida é mais comprida. Pois é ponto de partida, de feira e de atração, É o coração da folia, do povo de meu sertão.
A Praça do Arsenal é a memória que persiste, Onde o passado se curva ao futuro que insiste. É a força do Recife, que resiste e que se ergue, Um palco de arte e samba, pra que a vida não se vergue!
Jacytan Melo, poeta, músico e sonhador. Outubro/2025
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