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(O Alimento Sagrado do Sertão)
Eu trago a rima do matuto, com a força do sertão, Para falar do meu sustento, que me chega pela mão. É o Cuscuz Nordestino, de farinha de milho fina, O pilar de toda mesa, a mais nobre iguaria.
Nasceu da tribo africana, em solo do meu Nordeste, Se adaptou à nossa gente, do Cariri ao Agreste. É cozido no vapor, na panela especial, Fica fofo e amarelinho, num processo matinal.
É o cheiro do primeiro raio, que anuncia a claridade, Quando o fogo acende a água, e aquece a nossa cidade. Minha mãe já começava na lida, preparando o seu manjar, Para a gente se alimentar e a jornada começar.
Com ele não tem tristeza, nem miséria, nem ruindade, Ele é base, ele é conforto, ele é pura honestidade. Seja rico, seja pobre, em palácio ou em barraco, Ele é o rei da alimentação, meu alimento, meu taco!
Com o queijo de coalho, fica uma nobreza pura, Ou com um ovo frito, que enche a alma de ternura. Misturado à carne-seca, desfiada com paixão, Faz inveja a todo prato, em qualquer outra nação.
Com café preto e gostoso, é o café da manhã ideal, Para o almoço e a janta, ele nunca faz mal. Pode ser doce ou salgado, ele aceita todo o recheio, É arroz de Pernambuco, pão de todo o meio.
Não precisa de garfo, nem de faca, nem de luxo, É com a ponta dos dedos que a gente sente o seu fluxo. É a cultura na boca, o sabor de todo canto, A poesia da terra que me veste com seu manto.
Por isso eu digo e repito, para quem quiser saber, Se falta tudo na mesa, o cuscuz não pode morrer. Ele é milho, é sol e é água, é a fé do lavrador, Cuscuz Nordestino, meu alimento, meu amor!
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