E se não houvesse amanhã,
guardarias o sol nos bolsos,
soprarias segredos ao vento,
ou apenas deixarias o silêncio
te contar quem és?
E se o tempo acabasse agora,
seriam tuas mãos mapas de coragem
ou âncoras de saudade?
Beijarias o instante
como quem descobre a eternidade no breve?
E se tudo fosse hoje,
a vida dançaria mais leve,
a alma falaria mais alto,
e cada passo seria promessa
de que existir vale a pena.
Porque, no fundo,
o amanhã sempre foi um rumor distante.
É o agora que pulsa,
é o agora que arde,
é o agora que nos salva.
Jacytan Melo, poeta, músico e sonhador / dezembro, 13, 2025
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