Imagem: Reprodução |
Meu silêncio, minha sobrevivência,
minha vivência entre os vivos,
entre os mortos,
entre as sombras.
Nada falo, nada penso, nada sou
apenas ouço gritos e sussurros
de uma sociedade em decadência.
É bom estar em silêncio,
ouvir os labirintos da mente,
o pulsar do coração.
Meu silêncio, minha inspiração
nau sem rumo, sem prumo
navegando no mar aberto
de uma escuridão sinistra.
Meu silêncio incomoda o barulho,
perturba o caos.
Vai de encontro à lua, pálida,
fria, enormemente brilhante
refletindo meu semblante
no cais do porto deserto.
Jacytan Melo, Recife, 10/dezembro/2013
twitter.com/jacytan
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