Pular para o conteúdo principal

CHEIRAR COLA

Imagem: Reprodução/Internet

O menino cheirando cola,
sentado na calçada quente,
sol a pino do meio-dia,
indiferente aos noticiários
dos jornais expostos
na banda de revista.
De físico franzino
aparentando pouco mais 
de doze anos,
sua concentração naquele ato
(de fato)
era de uma morbidez total.
Olhos sem vida, barriga vazia,
alimentada apenas pela química
do concentrado da cola.
Passa segundos, 
minutos, horas,
nada fazia mudar sua posição, 
nada desviava sua atenção,
da sua louca viagem alucinante
(angustiante).

Jacytan Melo, maio de 2012

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AMANTES

Na calada da noite no silêncio de um quarto corpos separados sonhos de amores eternos [frustados Desilusão, separação. Jacytan Melo, outubro/2009 facebook.com/jacytanmelopoeta twitter.com/jacytan

ESTRANHO LUGAR

Imagem: reprodução Mar bravio mar revolto águas escuras em pleno movimento disposta a engolir tudo que vem a frente em sua constância natural do fluxo / refluxo. Noite escura (sem lua) com poucas estrelas a brilhar na imensidão negra da noite. Areia morna banhada pelas ondas. Que lugar é este? uma ilha, praia deserta? ausência de pessoas, objetos, uma viva alma sequer se vê. Nem ao menos um barco ou qualquer meio de navegação que denuncie a presença de um ser vivente. Nada, nada responde [corresponde] as indagações de minha mente confusa. Afinal, que lugar é este? que insiste em invadir meus sonhos? by   Jacytan Melo, poeta, músico e empresário Recife, agosto, 2015 PROCURANDO PRODUTOS NATURAIS? 10 MOTIVOS PARA ESTUDAR NO CURSOS 24 HORAS

USUÁRIO-COLETIVO

Imagem: Reprodução/Internet Usuário-coletivo minutos de espera, sol causticante (apesar de ser tão cedo). Nervos a flor da pele poluição, ilusão, alucinação. Passageiro da vida, passageiro coletivo, quarenta lugares sentados uma infinidade em pé, espremidos, comprimidos, resumidos apenas a uma estatística burocrática, humilhante. Medo estampado no rosto (que desgosto) assalto, acidente, angústia, tudo só termina quando chega o destino. Jacytan Melo, Recife, 14/12/2009 facebook.com/jacytanmelopoeta twitter.com/jacytan