Imagem: Reprodução/Internet |
O menino cheirando cola,
sentado na calçada quente,
sol a pino do meio-dia,
indiferente aos noticiários
dos jornais expostos
na banda de revista.
De físico franzino
aparentando pouco mais
de doze anos,
sua concentração naquele ato
(de fato)
era de uma morbidez total.
Olhos sem vida, barriga vazia,
alimentada apenas pela química
do concentrado da cola.
Passa segundos,
minutos, horas,
nada fazia mudar sua posição,
nada desviava sua atenção,
da sua louca viagem alucinante
(angustiante).
Jacytan Melo, maio de 2012
Comentários
Postar um comentário